Restaurante do dia: Tanta OU A culinária peruana é a melhor do mundo!

O Tanta (Carrer de Córsega, 235) é mais um dos restaurantes do famoso chef peruano Gastón Acurio espalhados pelo mundo.

Tirei daqui uma boa explicação sobre o que o chef está fazendo com a culinária peruana:

"O homem é um furacão. E, praticamente sozinho, encarregou-se de levar ao mundo a cozinha peruana. E não é que a estratégia megalomaníaca tem dado certo? A conta já passa de 40 restaurantes. Quarenta! Cidade do México, Santiago, São Francisco, São Paulo, Caracas, Madri. Em breve, Dallas e Nova York. E Lima, claro, onde tudo começou. A grande sacada de Acurio foi separar a gastronomia peruana em capítulos. Nas várias cevicherias La Mar ele faz... ceviches. No novo Panchita em Lima serve anticuchos, que são espetinhos. Na T’anta e suas filiais a especialidade são os doces e salgadinhos. “Já vi sites taxando Gastón de megalomaníaco e dando a entender que ele fez uma rede de comida étnica pasteurizada”, diz Bruno Faro, ex-sous-chef de Flávia Quaresma que está estagiando em dois restaurantes de Acurio em Lima. “Mas brasileiro não conhece a comida peruana, qualquer um que saia comendo pelas ruas no Peru verá que ele só faz aprimorar a verdadeira cozinha típica”."

Eu já conhecia o Astrid y Gastón em Bogotá e o La Mar em São Paulo. A diferença? O Tanta é tão gostoso quanto, mas é mais barato! Sem contar que tem um ambiente impressionante!

Logo de cara:

Olha só a entrada desse restaurante! Foi aí que meus olhinhos já começaram a brilhar.

Chegamos às 20h30 e o restaurante ainda estava vazio, quando saímos, duas horas depois, não tinha mais nenhuma mesa sequer. E olha que ele é enorme, tinha pelo menos uns 80 lugares.

Dá uma olhada no ambiente:

Se o ambiente já era bom e os garçons (boa parte deles peruanos) super atenciosos (nem comparação com a média do atendimento dos restaurantes daqui), imagina só a comida!

 

De entrada pedimos um trio de cebiches: cebiche clássico - corvina em leite de tigre tradicional, cebiche criollo - corvina e frutos do mar em leite de tigre ao rocoto (não sei bem o que é, mas era o que deixava o cebiche um pouco mais apimentado), com milhos gigantes, milhos crocantes e batata doce, e o MARAVILHOSO cebiche nikkei - atum e leite de tigre com tamarindo (tinha também algas, abacate e óleo de gergelim).

Marido foi desafiado a tentar reproduzir o nikkei, assim que encontrarmos o tamarindo e o óleo de gergelim ele vai fazer pra mim! Daí eu conto se ficou tão bom quanto!

Ainda de entrada pedimos também os wantanes (aqueles rolinhos na foto em cima do cebiche) de porco e camarão com molho de tamarindo. O recheio nem era tão bom, mas eu tenho um carinho especial por rolinhos, tortinhas e massinhas recheadas em geral, e, além disso, eles foram uma ótima base pra eu terminar de comer o caldinho do cebiche nikkei.

Tá. Aí passamos para os principais. Fomos de ají de gallina - na foto do meio - (guisado de frango com ají amarelo, batatas e arroz com milho) e de panceta con papitas al sol - a primeira foto lá em cima - (costelinha de porco com batatas). A panceta estava boa, mas o ají eu passo. Não que estivesse ruim, sabe? Mas é que não chegava nem aos pés das entradas!

Então meu conselho é o seguinte, quando for no Tanta não se preocupe com os principais, fique com os cebiches (ah, os cebiches...)! Você vai gastar menos e comer muito melhor!

Mas não se esqueça da sobremesa! Ficamos com o queso helado, um sorvete com um gosto muito parecido com tapioca, que fechou o jantar com chave de ouro!

Tudo isso + uma garrafa de vinho ficou por €80. Não é barato, mas valeu cada centavo!

Pequeno guia de bairros de Barcelona

Barcelona pode ser bem confusa em alguns momentos, então resolvi fazer um guiazinho pra (me) ajudar a entender melhor a cidade.

O que deixa as coisas um pouco mais confusas é que Barcelona tem duas divisões geográficas, primeiro é dividida em distritos, depois em bairros.

São 10 distritos, cada um com um centro político e administrativo próprio:

Cada um desses distritos é formado por vários bairros, alguns mais famosos outros nem tanto. Vamos aos que interessa:

O 1o distrito é a CIUTAT VELLA, formada por El Raval, El Gótic, El Born e La Barceloneta.

El Raval

O Raval, nem muito seguro, nem muito limpo, foi conhecido nos anos 50 como bairro chino, mas hoje abriga todas as nacionalidades que você possa imaginar e as que você não sabe que existem também. Está entre Poble Sec e as Ramblas do lado da famosa Boquería, já classificada muitas vezes como o melhor mercado do mundo.

O  bairro teve uma certa renovação por conta de algumas ações da prefeitura buscando tornar o lugar um eixo cultural (incluindo aí o museu de arte moderna, MACBA) e também por conta do mercado imobiliário aquecido que remodelou o interior de antigos edifícios transformando-os em lofts e estúdios.

O Raval tem uma agitada vida noturna com gente de todo mundo, em especial estudantes do Erasmus (um programa de mobilidade para estudantes europeus, Barcelona é um dos principais destinos. Assista o filme Albergue Espanhol para saber um pouco mais), e uma boa oferta de comida criativa.

El Raval

El Gótic e El Born

Aqui encontramos a Barcelona antiga, ou seja, a fronteira da primeira muralha medieval - o Raval foi a primeira extensão. Nas ruas estreitas do bairro gótico estão as principais edificações e atrações históricas de Barcelona: Catedral, Prefeitura (Ajuntament), Governo Estaudual (Generalitat) e outras atrações que podem estar ali por pelo menos 2 mil anos.

El Gótic

Plaza Real

Junto do Gótico está o Born, um pedaço mais moderno do bairro, ali se encontram tapas de autor, galerias de arte e lojinhas fashion. Também está aí o Mercado de Santa Caterina, concorrente da Boquería. No Born, também chamado de Ribera, está o parque da Ciudadela, que por muito tempo foi o único parque da cidade e palco da Exposição Universal de 1888.

Barceloneta

A Barceloneta também faz parte da antiga Barcelona, fazendo limite com o Gótico e com o Porto Olímpico. Sua principal atração são as praias. Tem uma boa oferta gastronômica, apesar de que muitos lugares são feitos para pegar turistas - aqueles com sujeitos desagradáveis com o cardápio na rua te chamando para entrar. Tem também muitos bares de frente para a praia com musica eletrônica.

La Barceloneta

Depois, o EIXAMPLE.

O Eixample é o bairro mais populoso de Barcelona, é a principal expansão fora das muralhas da cidade antiga e foi projetado por Ildefonso Cerda. No Eixample as quadras tem lados de 113 metros com cantos chanfrados em 15 metros, separadas entre si por uma distância de 20 metros - o que é um saco, já que pra atravessar a rua a gente acaba andando muito mais (segundo o gênio que eu tenho em casa, andamos exatamente 10m a mais do que nas quadras comuns, as que tem cantos de 90 graus). 

Os edifícios foram projetados com uma altura máxima que evita qualquer sombra desde que o sol esteja a pelo menos 45 graus. Uma pena é que todas as quadras deveriam possuir jardins internos, mas ao longo do tempo foram invadidas por construções. Isso explica porque é normal encontrar lojas muito estreitas e compridas.

Vista aérea do Eixample

A parte direita do Eixample é a parte mais antiga e é onde está a Plaza Catalunya (centro da cidade) e também o Passeig de Gracia onde estão algumas das principais atrações arquitetônicas como a casa Batlló e a Pedrera.

La Pedrera

Estas atrações e lojas como Chanel, Louis Vitton, Armani, Miu-Miu, etc. etc. tornam a região o metro quadrado mais caro de Barcelona.

Chanelzita

Na parte esquerda do Eixample encontramos a parte alta L'Antiga e La Nova Esquerra de Eixample. O Eixample Esquerra é conhecido como o bairro gay da cidade, chamado "Gayxample", com vida noturna agitadíssima.

Ainda na parte esquerda, um pouco mais pra baixo, entre o Raval e Poble-sec, está Sant Antoni, onde fica um dos maiores e mais importantes mercados de Barcelona, o Mercat de Sant Antoni, pena que desde 2008 está em reforma e inacessível para o público.

Mais à direta de Eixample, na parte alta, está o bairro da Sagrada Família, onde você encontra a principal atração da cidade: euzinha! Ah, e tem também aquele famoso templo em eterna construção - a Sagrada Família.

O 3o distrito é o SANTS-MONTJUIC, o maior distrito de Barcelona que engloba a montanha de Montjuic. Alí encontramos bairros interessantes como Poble-sec e Sants e também a Plaza España.

Poble-sec

O Poble sec fica nas proximidades da avenida Parallel, onde esta faz divisa com o Raval e a montanha de Montjuic. É um dos primeiro bairros fora das muralhas da cidade antiga e não fez parte do Eixample por não ser uma região muito plana. É um bairro tradicional, de origem da classe trabalhadora, onde ainda estão teatros que já viveram época de maior explendor. Hoje continua mantendo uma certa autenticidade e uma ótima oferta de bares com bom preço e longes de turistas.

Pausa para nota:

a) Barcelona recebe turistas o ano todo e fugir deles, mesmo que você seja um, é uma boa meta.
b) os bares mais autênticos e antigos da cidade não chegam a estar em extinção mas estão diminuindo bastante, pouco antes da crise, em uma época mais próspera, transformaram muitos deles em bares moderninhos para turistas e pijos (mauricinhos), agora, na crise, os chineses estão comprando bastante coisa.

Carrer Blai

Carrer Poeta Cabanyes (em direção a Av. Parallel)

Sants

Não é um bairro turistíco, mas uma região residencial com origem na classe trabalhadora operária e por isso berço de muitos movimentos sociais. Em Sants é fácil encontrar algumas praças para beber e comer alguma coisa, como a plaza Osca, e também procurar alguma atividade ao ar livre como cinema ou concertos nas Cocheras de Sants.

Plaza Osca

Plaza España

É uma das praças mais conhecidas de Barcelona, muitos turistas ficam encantados com as "Fuentes Mágicas", que são chafarizes com luzes coloridas que fazem coreografias ao som de música clássica. Se você gosta das crianças no palácio avenida em Curitiba, vai lá. Lá também existe uma plaza de toros que foi transformada em centro comercial e inaugurado em 2011.

Plaza España

O Museu de Arte Catalã é outra atração da praça, destacada pela coleção do período romântico.

Obra do período romântico catalão

Da praça espanha é possível caminhar até o Montjuic e visitar a fundação Joan Miró e fazer um trajeto pelas obras que mostram as várias fazes do artista surrealista catalão, o outro surrealista famoso é o Salvador Dalí, também nascido na Catalunia.

Miró

Pulamos os distritos Les Corts (onde está o estádio do Barça) e Sarriá-Sant Gervasi e chegamos em GRÁCIA.

Vila de Grácia, a já conhecida por aqui e movimentada região de bares, está somente um pouco acima de Eixample direito, mas é uma região de caraterísticas bem próprias, quem sabe porque era uma vila independente de Barcelona até 1897. A presença de muitas entidades sociais, cívicas, artísticas e esportivas refletem-se em uma vida rica em atividade social e política.

Todos os bairros de Barcelona organizam um grande festival anual em suas ruas mas a mais conhecida e animada é a de Grácia que é realizada durante uma semana em agosto, período em que os moradores competem pela decoração de suas ruas que ficam cheias de vida, comida e música ao vivo. Neste período uma curiosidade é ver famílias se instalarem no meio das calçadas com mesa, avós, crianças e cachorro.

No distrito de Grácia também fica o famoso Parc Guel, projetado por Gaudi. Em breve faço um post sobre ele.

Depois, ainda tem os distritos de Horta-Guinardó, Nou Barris, Sant Andres e Sant Martí (onde fica Poble Nou, o bairro da Pompeu Fabra, onde eu tô estudando e também a Torre Agbar).

Torre Agbar

Mas estes (e também Les Corts e Sarrià) são mais afastados e têm menos coisa pra visitar. Se ao longo do ano eu descobrir alguma coisa de interessante por aí, volto aqui pra atualizar!

Ufa! É isso! Se você conseguiu chegar até aqui, parabéns! Você não vai ganhar nada além de um pouco de conhecimento sobre a divisão geográfica de Barcelona, mas tenho certeza que vai ser muito útil pra quem vier passear por aqui!

Ah, e um agradecimento especial pro meu amor que ajudou a escrever este post! :*

Besos!

Restaurante do dia: L'ombú

O L'ombú (Carrer de Sardenya, 447) foi, da categoria dos baratos, o melhor que conheci até agora.

Naquele estilo: ambiente tradicional, funcionários com mau-humor de leve, comida simples, mas muito bem feita!

Mais um que fica perto da Sagrada Família (4 ou 5 quadras, quase chegando em Gràcia), serve o menu de almoço por €9,90 incluindo entrada + principal + sobremesa + bebida + café + pão.

Nós fomos de:

Entrada: salada de folhas verdes, tomate, queijo de cabra, laranja e nozes + caldo de camarão.

Principal: bacalhau com molho de tomate + porco com molho quatro queijos.

Sobremesa: torta mousse de chocolate com mascarpone.

Almocinho "simprão" e feliz!

Besos!

Sanduíche-iche do dia: Fastvínic

Tá andando por Passeig de Gràcia, batendo perna, fazendo umas comprinhas e bateu aquela fominha?

Vai no Fastvínic (Diputació, 251 - só 2 quadras da Zara)! Vai com fé!

Passei lá esses dias pra comprar sanduíches pra levar pra casa, mas dá pra comer por lá mesmo, tem mesinhas do lado de dentro e também do lado de fora. E enquanto espera dá pra dar aquela espiadinha (#BBBfeelings) na cozinha e garantir que teu sanduíche ta sendo feito bem limpinho e com carinho!

O cardápio tem umas 20 opções de sanduíche (de €5 a €12) e escolhi os mais estranhos pra experimentar:

Truta de rio, escarola e funcho + Pé de porco (Ahã, pé-de-porco!).

Olha eles aí:

Pensa num sanduíche gostoso!! E daí #vailá!

Besos!

Restaurante do dia: El racó d'en Pepe

El racó d'en Pepe fica na Carrer Sardenya, 404 e abre todos os dias com menú de mediodia - €10 em dia de semana e €15 nos sábados e domingos (entrada, principal, sobremesa, bebida, pão e café) - e outros pratos à la carte.

Cozinha catalã, nada sensacional, mas muito bem feita. O que leva a crer que alguns pratos do cardápio à la carte possam valer uma nova visita, como a paella ou a parrillada de frutos do mar (por €60 para duas pessoas com salada + garrafa de vinho + sobremesa).

Mas vamos ao que interessa:

De entrada, paella de coelho e alcachofras (eu não falei que elas estão em todos os lugares?) + creme de rap (um tipo de peixe) e camarões. A paella estava perfeita, o creme beeem mais ou menos...

De principal, bacalhau com passas e amêndoas + espetinho de carne com creme roquefort. Bom + bom.

De sobremesa, profiterolis + pastis del día (chocolate com laranja). Doce no ponto exato.

E uma garrafa de vinho inteira para acompanhar o almoço! Normalmente nos menus de almoço a gente ganha só uma tacinha sem vergonha... Rs!

Molt bé, como diriam os catalães! Almoço justo + Carla alimentada = Carla feliz!

Besos!

Poble-sec 3x1: Rosal 34, Es Xibiu e Gran Bodega Saltó

Poble-sec é outro bairro notívago de Barcelona. A diferença é que os bares são muito mais baratos que em outras regiões: cerveja por €1, taça de vinho por €2, pintxos por €1,50 e por aí vai.

Poble-sec é o Largo da Ordem de Barcelona.

Como sábado é dia de bar, lá fomos nós pra mais um 3x1.

Começamos pelo Rosal 34.

Esse é diferente dos outros bares da região, um pouco mais arrumado, mais pra restaurante que pra bar, bem mais caro. Segundo eles mesmos, servem "tapas de autor". É verdade que as tapas que pedimos estavam muito boas mesmo, mas eram muito pequenas e muito caras. Essas 3 "tapinhas" de nada aí + 2 taças de vinho saíram por €23. Chorei! Mas talvez valha a pena voltar e ficar com a degustação de tapas (7 tapas + bebida = €30 por pessoa), estou pensando no assunto!

Na 1a e 2a fotos: espetinho de camarão com milho tostado e queijo líquido + flor de abobrinha recheada com brandade de bacalhau e molho romesco. Na 3a e 4a fotos: coração de alcachofra com caviar iraniano e ovo de codorna gratinado.

De lá fomos aliviar o bolso no Es Xibiu. 

 Várias opções de pintxos (sempre pão com alguma coisa no palito, na hora de pagar é só contar os palitos!) por €1,50, vinhozinho por €2, um bom lugar no balcão, música boa e lá ficaríamos tranquilamente por algumas horas. 

Mas ainda tínhamos o Gran Bodega Saltó no roteiro.

No cardápio somente alguns sanduíches feitos ali mesmo no balcão (que não experimentamos desta vez). Mas não desanimamos, as mesas cheias de grupos animados pela bebida barata, a decoração peculiar e a bebida barata, claro, nos seguraram ali pelas últimas horas bem aproveitadas do sábadão. 

Besos! 

Gràcia 3x1: Viblioteca, St Germain e L'armari

Sexta-feira foi dia de Gràcia 3x1 mais uma vez. A verdade é que as ruas e praças do bairro são super agradáveis, tem bar e restaurante pra todos os gostos e é tranquilo ir andando até lá, então é um programa que com certeza será repetido mais e mais vezes!

Bom, começamos pela moderninha Viblioteca (Vallfogona, 12).

Vinhos espanhóis na carta, cardápio harmonizado, ambiente perfeito para comer um queijo e tomar uma taça de vinho. Nós fomos de munster (Eca! Queijo mole e fedido, não é dos meus!) e steak tartar (fazia tempos que não comia um steak tartar, e esse estava muito gostoso). Meio caro, gastamos €25, mas é o meu preferido da noite!

De lá para o francês St Germain (Torrent de l'Olla, 113). Crepes no cardápio (ficamos com um de queijo de cabra, bacon e mel) e ambiente hiper intimista - até demais pro meu gosto, quase não dava pra enxergar nada (por isso não tem fotos da comida!) e as mesas eram muito próximas, não fosse eles falando catalão e nós português faríamos todos parte da mesma conversa. Mas o crepe tava bom e o vinho era barato!

E, por último, L'armari (Montseny, 13). Muitas velas e poltronas com mesinhas baixas formavam um ambiente bem aconchegante e romântico. Como já tínhamos comido o suficiente não experimentamos a comida, ficamos com um vinhozinho no balcão e só!

Uma busca rápida no google maps e ele me mostra mais de 100 bares em Gràcia. Mais uns 70 em Raval, outros 50 em Poble Sec, 100 em Sants e por aí vai... Se toda sexta e sábado eu for em 3 será que até dezembro consigo conhecer todos? ;)

Besos!

Carnaval combina com neve?

Nada como fazer um pouco de festa no carnaval - ainda que eu tenha mantido distância das multidões já fazem alguns anos - mas sabem que trocar as fantasias pelas jaquetas e roupas térmicas foi uma experiência interessante?

Bom, eu já tinha chegado perto de ver neve duas vezes, mas - sortuda que sou (só que não) - São Pedro interveio nas duas ocasiões e me impediu. O fato é que já que estou passando um inverno pertinho de um monte de lugares com neve, desse ano não podia passar.

Pedimos opinião pros amigos e optamos por Vall de Núria, na parte catalã dos Pirineus (aqui e aqui). Especialmente pela facilidade de chegar lá: um trem, uma cremallera, alguns poucos euros e 2h40m de viagem.

Cremallera (daqui)

O caminho

Vall de Núria é uma estação de esqui com um hotel imponente visto de fora, mas nem tanto visto de dentro.

A verdade é que o quarto era mais ou menos, o atendimento mais ou menos e a comida péssima. Mas, a diária em dia de semana (e foi por isso que optamos por ir no domingo e voltar na terça-feira) custava 114 para duas pessoas com pensão completa. Então, tá valendo. Para o principal objetivo - conhecer neve - o lugar era perfeito e a vista de tirar o fôlego!

Brinquei na neve...

Fiz um boneco...

Tá, tá, mentira minha. Encontramos vários bonequinhos prontos e esse era o mais bonitinho de todos.

E o primeiro dia foi muito muito legal. A sensação de frio nem era tão grande como eu pensava (a temperatura mínima que pegamos foi -8), a noite nevou e deu pra curtir um bom vinhozinho olhando a neve pela janela.

Ótimo! Planos para o dia seguinte: acordar cedo, tomar café da manhã, andar de teleférico pra conhecer toda a estação, fazer alguma trilha pela neve... Só que São Pedro realmente não colabora comigo quando o assunto é neve, de tanto eu pedir ele resolveu exagerar e o dia amanheceu com nevasca e a estação sem previsão de abertura.

Resolvemos economizar uma diária e voltar pra casa!

Pegamos a cremallera de volta e paramos numa cidadezinha chamada Ribes de Freser, onde pegaríamos o trem de volta pra Barcelona. Como faltavam 2h para o trem partir, decidimos almoçar por lá. Uma busca rápida na internet e descobrimos um hotelzinho + restaurante chamado Els Caçadors. Como o restaurante ainda não estava aberto (era 12h30, só abriria 13h), a simpática senhora da recepção pediu que a gente aguardasse no "salón de la luna". Uma salinha aconchegante com vista para montanha e até telescópio! Depois comemos uma comidinha de montanha muito melhor do que a do hotel de Vall de Núria.

Conclusões da viagem:

1- se você estiver em Barcelona e quiser ver neve - tipo, muita neve!, Vall de Núria é uma ótima opção.
2- se você gosta de esportes de neve, então o melhor é se hospedar por lá mesmo.
3- se esporte não é o que você procura e você insistir em ir pra Vall de Núria, o melhor conselho é se hospedar em Ribes de Freser, pegar a cremallera de manhã, passar o dia por lá e voltar quando anoitecer.
4- mas se você não está procurando por esporte, pega um aviãozinho e vai ver neve em Paris ou em Londres ou em qualquer cidade grande que tenha alguma coisa pra fazer! :)

Brincadeiras à parte, adorei meu carnaval, adorei conhecer um pedacinho frio do interior da Catalunya, adorei a neve!

Nós com frio

 Besos!