segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Restaurante do dia: Tlaxcal

Desde que cheguei aqui ainda não tinha comido nada mexicano. É uma cozinha que eu não sou muito fã, mas, também não é nada ruim comer um taco de vez em quando, né?

E assim, lá fomos nós no Tlaxcal (Comerç, 27).

A primeira coisa que chama a atenção positivamente é que a decoração do Tlaxcal não é nada caricata. Por quê the hell todo restaurante mexicano no Brasil tem que ter sombreros, mariachis e tequileiros por todos os lados? SÓ PAREM!


A segunda coisa boa é que o restaurante estava cheio (= comida boa, certo? Bom, nem sempre, tem um monte de restaurante que vive lotado no Brasil e a comida é uma lavagem, tenho que admitir...).

A terceira é que o atendimento foi muito bom. Beeem acima da média de Barcelona (eita cidade pra ter garçom antipático!).

A quarta, bom, vamos a ela.

Pra começar, meu sempre amado, cebiche. Tem cebiche no México? Pois é, eu nunca fui pro México, mas pelo jeito tem. O do Tlaxcal tava bom. Só bom.


Daí, Huaracha de arrachera. Hãn? Pois é, isso aí. Massa de milho, feijão (mexicano, claro), arrachera (carne de boi), creme agria (vai saber!), oaxaca (um queijo), cebola e abacate. Achei bem digno, bem gostoso, e fiquei me perguntando porque os mexicanos brasileiros só servem doritos com guacamole*?


Depois, os tacos.

O primeiro (Al Pastor) era de tortilla de milho com carne de porco adobada (é um tempero em que a carne fica marinando, muito comum na Espanha), abacaxi, cebola e coentro. Meu preferido!!

O segundo (Carnitas) tinha tortilla de milho, carne de porco, orelha e courinho  confitados, cebola e coentro. Bom também!


Como não podia deixar de ser (até pra mim que nem gosto tanto assim de doce - o que me lembra a melhor piada ever, do garotinho que não gostava de doce, conhecem?), a sobremesa!

Batizado de pastel imposible, tinha crosta de bolacha, pudim e cobertura de doce de leite. Cara boa, né??


Assim, eu gostei bastante do Tlaxcal. Só acho que se você estiver turistando por aqui não vai querer comer comida mexicana né? Nem italiana, nem japonesa... Nada mais interessante do que mergulhar na cultura local quando vamos viajar, e isso significa comer comida típica.

A não ser que você seja louco por comida mexicana, aí vale a pena conhecer restaurantes mexicanos em todos os lugares que você vai, igualzinho eu faço quando se trata de comida peruana.

Bom, enfim, na verdade quem sou eu pra cagar regra. A verdade é que você pode comer a comida que quiser no lugar que estiver**. Então, se der vontade de comida mexicana quando estiver em Barcelona, eu indico o Tlaxcal!

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*  Tenho que ser justa. Dos mexicanos em Curitiba tem um que se salva: o Totopos. Faz tempo que não vou, mais de 2 anos, mas as vezes que fui comi super bem. E também lembro que o dono - mexicano - era uma simpatia!

** Só não vai comer McDonalds, Burguer King e afins, pelamor!!! Isso tem em TODO lugar, come quando estiver em casa!!


sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Fotos lindas pra ficar com fome agora...


...e pra morrer de inveja de tanto talento.

Infelizmente meu bloguinho nunca vai ter fotos tão bonitas assim.

Falta uma câmera boa. Sério, foto de celular não dá, né? Eu tenho vergonha de confessar, mas assim é a vida. Eu não tenho uma câmera porque é caro. Mas eu também não tenho uma câmera porque seja a câmera que for, minhas fotos vão continuar ficando feias, já que...

...falta talento. Eu adoro fotografia, tenho inveja de quem tira fotos lindas, vira e mexe tô vasculhando sites e blogs de fotografia por aí, mas não tenho pretensão nenhuma de que minhas fotos fiquem muito boas. É uma pena, mas eu não nasci pra isso. Até tive aula de fotografia na faculdade, mas tudo que eu me lembro é que em uma câmera tem um negocinho que se chama obturador, só que eu não lembro pra que ele serve.

Quem sabe um dia, quando a vida estiver mais calma (leia-se: quando o doutorado tiver acabado), eu não faço um curso? Daí eu vou treinar tirando foto de comida!!

Mas tudo isso pra falar das fotos lindas de um fotógrafo catalão chamado Ivan Gimenez Costa, que tira as fotos de comida (e restaurantes) mais bonitas que eu já vi.

Dá pra ver mais fotos dele aqui.

Mas aqui vão as minhas preferidas. Deliciem-se!

 
 













quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Rota do chocolate


Chocólatra? 

Barcelona foi feita pra você.

O primeiro passo pra fazer uma rota é se preparar emocionalmente pra só comer uma coisa o dia todo. Isso mesmo, um sábado inteirinho só comendo chocolate.

O segundo passo é pesquisar. Onde estão as chocolaterias da cidade? O que estão falando delas? Quais são as melhores?

O terceiro passo é escolher um dia de tempo bom - mas não muito quente já que calor excessivo não combina com chocolate, vestir um tênis e sair à luta.

Como eu sou tão legal, você pode pular do passo 1 pro passo 3, eu pesquisei pra você e te conto tudo!



1. Começamos a rota no Museu de la Xocolata, que fica aqui ó, bem pertinho do Parque da Ciutadella:


A entrada custa 5 euros e o ticket é uma barrinha de chocolate:


Posso falar? A não ser que você seja completamente aficcionado por chocolate e por história (necessariamente as duas coisas), não vai lá, não. É super pequeno (vi tudo em menos de 15min), tem uns cartazes falando de como o chocolate surgiu, como veio parar na Europa, etc etc, alguns equipamentos antigos que eram usados para fazer chocolate e algumas esculturas feitas em chocolate. As esculturas são a parte mais legal.


2. Saindo de lá, a próxima parada fica só a 500m (claro que é melhor ir andando, pra já começar a gastar as calorias que se acumularão muito em breve!). O trajeto é esse ó:


No ponto B fica a (o?) Bubô. Em uma porta a chocolateria/doceria e um espaço para se deliciar com seu doce acompanhado de um café ou uma taça de cava. Ao lado, um restaurante com mesinhas na calçada (comida cara, mas boa).



A vitrine de doces da Bubô é a coisa mais linda desse mundo. Só que a burra linda aqui esqueceu de tirar fotos, então roubei umas por aí:

Bubo2
Daqui.
mostrador pasteles pasteleria bubo barcelona Bubó, un mundo dulce donde la pastelería es arte
Daqui.
Além desses doces lindos, tem macarrons, marshmallows e barras de chocolate. Além do doce que eu comi por lá, trouxe pra casa duas barras de chocolate, um doce no copinho e um pacotinho com muitos marshmallows coloridos. O chocolate é bom, mas os doces são melhores. O marshmallow não é muito bom não, eu sou completamente viciada em gominhas, ursinhos, dentaduras, geleinhas de criança, mas não consegui comer todos eles. O doce no copinho e todos os outros doces que você encontrar por lá, vai com fé!!


3. Próxima parada: Casa Fargas (Carrer del Pi, 16). 


Olhando de fora não parece com um lugar que vende chocolate, mas dentro você vai encontrar bombons e mais bombons, que não são os mais bonitos do mundo, nem os melhores, mas valem à pena!


Não vai exagerar logo de cara hein? É de pouquinho em pouquinho que se faz uma rota! Escolhemos uns 4 sabores de bombons, mas o meu preferido foi essa laranja caramelizada com cobertura de chocolate. Amei e indico!!



4 e 5. As próximas paradas ficam uma do ladinho da outra, e super perto da Casa Fargas.


No ponto B está a chocolateria Petritxol (C. Petritxol, 11):


Lá você vai encontrar chocolates feitos por eles, e também barras de chocolate da Xocoa, uma marca vendida em vários lugares que tem um chocolate muito bom, especialmente o de gengibre, que eu trouxe pra casa! Além da barra de gengibre, fomos de crocante de chocolate e de palitos de limão e de laranja cobertos com chocolate.


No ponto C, logo ao lado, está o Vicens (C. Petritxol, 15), uma casa que vende chocolates e torrones, muitos torrones.


Lembrança de infância: torrones do Paraguay sendo devorados pelo meu irmão! :)

Provamos 3 tipos diferentes de torrones: torrone de agramunt (o redondo), torrone mole e torrone duro com amêndoas. Eu gosto mais do de amêndoas!

Ops, foto de ponta-cabeça!
6. A 6a parada já apareceu aqui no blog, na Rota do Croissant: Pastelería Escriba, bem do ladinho da Boquería.


Sim, eles têm o melhor croissant da cidade. E, sim, eles também têm chocolate. E você TEM QUE experimentar essas folhas de hortelã cobertas com chocolate. Imperdíveis!!


Chega?

Só mais unzinho, vai.

7. Só que agora o bicho pega, porque a próxima parada fica bem longe da última. Tem que pegar metrô, tem que andar um monte ou tem que pegar um táxi, você escolhe. Mas se você é chocólatra de verdade, essa é A parada obrigatória. Se você não quiser ir em nenhum dos outros, não tem problema (só que com certeza você vai passar por alguns deles no seu roteiro turístico normal, então não custa dar uma paradinha, né?), mas VAI no chiquetoso Oriol Balaguer.

O melhor jeito de chegar lá é de metrô. A estação mais próxima é a Maria Cristina (L3, verde, direção Zona Universitária), que por sorte está na mesma linha que a parada que tem bem em frente à Pastelería Escribá, nossa última parada.

Chegando lá, ainda tem 1,5km pra chegar na Oriol Balaguer. Daí você escolhe se quer ir caminhando ou se quer ir de taxi, já aviso que o caminho é agradável (se não estiver muito calor).


Mas depois de andar tudo isso tem que ter recompensa, né?

E tem!


Só que o preço não é amigo. Então, fomos devagar. Trouxe pra casa uma caixinha com 6 bombons espetaculares e esses biscoitinhos com cobertura de chocolate DIVINOS. SÉRIO, o MELHOR chocolate que eu já comi.


E você, que não é bobo, vai comer também quando vier pra cá, né?

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Sanduíche do dia: Conesa

O Conesa (Carrer de la Llibreteria, 1) é mais um clássico de Barcelona localizado no Bairro Gótico (descendo Las Ramblas em direção à praia, fica do lado esquerdo). Pequeno, simples, mas CHEIO de personalidade.


E com um montão de sabores diferentes de sanduíches tostadinhos, num pãozinho crocante, com os ingredientes derretendo, bacon salgadinho, jamón, saladinha, queijo...


...e ainda por cima, baratinho. Eu tenho certeza que você #vailá.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Restaurante do dia: Bohemic

O Bohemic (Carrer de Manso, 42) foi uma grata surpresa! Cozinha moderna, mas sem frescura. Os pratos eram lindos e muito muito bons (mas não tão baratos)!

E eu estava tão interessada neles que esqueci de tirar fotos do ambiente! Mas eu conto como era: pequeno, mesas próximas, bonitinho, aconchegante, mas nada que se destacasse na decoração.

Destaque mesmo foram as espetaculares pbatatas bravas que pedimos pra começar! Eu duvido que tenha um único restaurante aqui em Barcelona que não tenha as tais batatas no cardápio, mas por experiência própria já vou dizendo que quase nunca elas são muito boas, tanto é que já faz tempo que parei de pedi-las. Mas como tínhamos indicação das bravas do Bohemic tivemos que arriscar. E que bom que arriscamos!! A maionese era caseira e esse molhinho escuro era apimentado na medida perfeita! Amei.

Patatas bravas. Nota 5!
Em seguida uma saladinha pra não sair do regime (ahã, senta lá!). Folhas verdes com carne de caranguejo. Boa, boa, boa!!

Salada de caranguejo. Nota 4!
Aí, numa belíssima apresentação, uma terrine com torradinhas e uma geléia de ruibarbo pra acompanhar. Terrine + ruibarbo = S3

Terrine com geléia de ruibarbo. Nota 5!
Em seguida, a famosa cap i pota (cabeça e pé de boi), que eu ADORO, com uma textura muito similar a da rabada. Por isso, sempre que tem, eu peço. Mas tenho que ser justa, em comparação com as muitas cap i potas que eu comi por aqui, a do Bohemic não foi das melhores. Vai perder pontinhos...

Cap i pota. Nota 3.
O peixe foi, de longe, o meu preferido. Tão fresquinho, tão suave, tão gostoso... Eu poderia comer isso todo dia!

Atum branco com ovas e tempura. Pode dar 6?
Mas daí você me pergunta: tempura do quê? Pois é, esse negócio de deixar pra fazer os posts muitos dias depois não faz bem pra minha memória. Das duas uma: ou o tempurá não estava tão bom e por isso eu não lembro dele, ou o peixe estava tão bom que eu simplesmente não dei atenção nenhuma pro tempurá. Fico com a segunda.

O último dos pratos salgados foi um carneiro cozido a baixa temperatura com purê de batatas. O carneiro estava exquisito!! Mas tinha alguma coisa diferente com a textura do purê que tirou um pontinho desse prato (não fosse o purê, ganhava um 4!).

Carneiro cozido a baixa temperatura com purê de batata. Nota 3.
Pra fechar, uma crema catalana no potinho com rabanada pain perdu (porque eu sou chique) e abacaxi. Simpatiquinho, gostoso, mas depois de tanta coisa boa não merecia nota muito alta, não.

Crema catalana com pain perdu e abacaxi. Nota 3.
Fazia tempo que não aparecia por aqui um #vailápeloamordedeus né? Pois é.

Ah, e me chama.